UMA QUESTAO DE ESCOLHA
Quase todos os dias, passamos por situações, onde temos que fazer determinadas escolhas. Escolhas das mais simples até as que podem influenciar toda uma vida. Por exemplo: Quando criança escolhemos se vamos obedecer nossos pais, ou se vamos aprontar “aquela arte”; Na adolescência escolhemos com que garota namorar, com quais amigos sair, e até mesmo qual profissão escolhemos para o resto de nossas vidas. Muitas vezes escolhemos mal, e acabamos voltando atrás, porque na adolescência ainda somos novos, e temos tempo para isso; O tempo vai passando, e já chega a juventude, e vamos caminhando a passos largos para a vida adulta, nessa fase, muitos escolhem casar, outros escolhem um rumo profissional, ou tudo ao mesmo tempo; Ai vem os filhos, e temos que escolher o nome deles, os quais vão usar para o resto de suas vidas, escolhemos a escola onde eles vão estudar, quais roupas irão vestir, e por ai vai.
Recordo-me que na época dos “vestibulares da vida”, tinha uma grande dúvida que curso fazer. Por dois anos, fiz preparatório para vestibular de medicina. Era a moda dos cursos preparatórios, só se falava nisso, era o “carro chefe” dos cursinhos. Até que um dia em um teste vocacional, fui orientado a procurar a área de Ciências Humanas. Mas já havia me inscrito em um vestibular de enfermagem pela UEMS, mas consegui tempo para me inscrever no curso de Direito da Unigran. Para minha surpresa acabei passando nos dois. Uma universidade pública e outra articular. E agora? Que rumo tomar. Escolhi o Direito, e deixei bem claro isso a meus amigos, que não me pouparam de dois trotes, sendo o primeiro daqueles que agente nunca mais esquece.
Escolhi por algumas vezes, namorar, outras, terminar o namoro, outras, escolheram por mim terminar. Até que chegou o momento, em que não tive duvidas, escolhi casar com a mulher de minha vida, e com a qual pretendo estar junto até a chamada para a eternidade. Não acredito muito naqueles jargões que alguns crentes gostam de usar “Deus escolheu aquela mulher para mim”. É claro que Deus, quando nós buscamos a orientação dEle, nos direciona para que não erramos, e quanto ao casamento, lembro-me apenas das orientações do julgo desigual. (2CO:6-14). Lembro-me de um rapaz que gostava de usar desses artifícios para poder namorar, galanteava as meninas e dizia que Deus lhe havia revelado que ela seria a mulher da vida dele, algumas até caiam nessa.
Às vezes quando algo vai mal, ouvimos expressões do tipo “isso é coisa do diabo”, ou “porque Deus esta permitindo que isso aconteça comigo?”. Não quero ser demasiadamente cético, e negar as questões espirituais em nossas vidas, pois elas ocorrem com freqüência, mas temos que tomar alguns cuidados quando culpamos a Deus por algumas conseqüências que nós mesmos provocamos.
Se um casamento acaba por uma infidelidade, a culpa não foi de mais ninguém, a não ser daquele que traiu. Se eu entrego as chaves do meu carro, a um filho menor de idade e ele se envolve em um acidente e vem a morrer, não foi Deus que tirou meu filho, mas foi conseqüência da minha escolha em entregar o carro.
Quando recebemos um desaforo de alguém, podemos fazer algumas escolhas: A primeira é não deixar que isso nos abale e tire nossa paz; ou podemos aceitar aquele desaforo e sofrermos com isso; ou ate mesmo revidar das maneiras mais criativas possíveis.
Um dia desses procurei o meu pastor, e levei a ele uma situação de uma pessoa que estava tirando minha paz. Gostei muito da resposta dele, e me explicou através de uma comparação dizendo; “as pessoas muitas vezes, se apresentam a você com determinados presentes. Alguns são bons, outros são ruins. Depende apenas de você aceitar ou não”.
Mas uma escolha que tenho pensado muito ultimamente, é como vai ser o meu dia hoje.
O meu estado de espírito, a forma como eu vou me portar no tralho, em casa, tudo depende da escolha que eu vá fazer.
Um dia desses na igreja, estava prestando atenção ao sermão de um pastor convidado para o aniversario da PIB, e ele dizia que muitas pessoas imaginam que viver uma vida segundo a vontade de Deus é difícil. Isso me chamou muita atenção, porque sempre imaginei que por ser humano, viver uma vida santa, e conforme a vontade de Deus iria requerer de mim um sacrifício muito grande, e por isso seria muito difícil. Esse pastor explicou, que na verdade, viver uma vida consagrada a Deus é muito fácil, pois é uma questão de escolha.
Quando nos levantamos para iniciar o nosso dia-a-dia, podemos escolher viver esse dia de uma maneira que agrade a Deus, ou não. Percebi que fazendo essa escolha todos os dias, realmente as coisas se tornam mais fáceis. Posso iniciar o meu dia pedindo a Deus que guarde a mim e minha casa, e que eu possa viver aquele dia literalmente debaixo de suas asas. Esse tipo de oração, Deus responde de imediato, pois essa é a vontade dEle, que o busquemos de todo o nosso coração, e que vivamos na dependência e orientação do Espírito Santo.
E você, qual a sua escolha para hoje?